A infância é uma fase cheia de marcos importantes: os primeiros passos, as primeiras palavras, as primeiras interações com o mundo. Mas e quando essas etapas demoram mais do que o esperado para acontecer? Em alguns casos, pode estar ocorrendo um atraso cognitivo, que impacta o aprendizado, a linguagem, a memória e outras funções do cérebro.

Antes de mais nada, é preciso ter em mente que nem todo atraso significa algo grave. Algumas crianças simplesmente têm um ritmo diferente. Porém, conhecer os sinais mais comuns de atraso no desenvolvimento é essencial para buscar ajuda no momento certo e garantir o melhor apoio possível à criança.

A seguir, listamos 5 sinais que merecem atenção e podem estar relacionados ao atraso cognitivo no desenvolvimento infantil. Lembrando sempre que observar é importante, mas só um profissional pode definir um diagnóstico correto. Confira!

1. Atraso na fala e na linguagem

Se até por volta dos 2 anos de idade a criança ainda não fala palavras simples como “mamãe”, “papai” ou “água”, ou não forma frases curtas até os 3 anos, isso pode ser um indício de dificuldade cognitiva. Além disso, se a fala é muito limitada ou difícil de entender mesmo depois dos 4 anos, vale investigar.

Crianças que demoram para falar podem ter dificuldades na compreensão da linguagem, e isso pode afetar a aprendizagem futura.

2. Dificuldade para entender comandos simples

Você pede para a criança guardar os brinquedos ou pegar o copo na mesa, e ela parece não entender o que foi pedido? Se ela precisa de muitas repetições ou parece não entender o que foi dito, mesmo sem ter problemas auditivos, isso pode ser um dos sintomas de déficit cognitivo — principalmente se essa dificuldade persistir com comandos simples e cotidianos.

E por que isso acontece? Crianças com atraso cognitivo podem ter dificuldades em processar informações, o que interfere diretamente na compreensão de comandos verbais simples.

3. Pouco interesse por brincadeiras e exploração

Brincar é essencial para o desenvolvimento cognitivo — é assim que a criança aprende, se expressa e se desenvolve. Quando há alguma dificuldade cognitiva, a criança não se envolve com brinquedos e jogos (especialmente aqueles apropriados para sua faixa etária) ou não demonstra curiosidade por objetos ao redor. Ela pode repetir apenas uma ou duas brincadeiras, mas sem explorar outras formas de interação.

Brincadeiras simples, como empilhar blocos ou fazer de conta, são esperadas em certas idades. A ausência delas pode ser um sinal de alerta para o atraso no desenvolvimento.

4. Dificuldade nas interações sociais

Mais um dos sintomas de déficit cognitivo está na forma como a criança se relaciona com os outros. Evitar o contato visual, não responder ao nome, não imitar gestos ou falas dos adultos e não se envolver com outras crianças são sinais que merecem atenção.

A falta de interesse em brincadeiras coletivas ou pouco envolvimento emocional com os cuidadores também são pontos que devem ser avaliados. Problemas na comunicação e nas interações sociais podem estar ligados a um atraso no desenvolvimento cognitivo e também emocional.

5. Problemas de memória e atenção

Se a criança tem dificuldade constante para lembrar o que acabou de ouvir, se distrai com facilidade ou não consegue se concentrar nem por curtos períodos, pode haver algum tipo de dificuldade cognitiva envolvido. Claro que é normal a criança ser mais dispersa em certos momentos, mas quando isso é excessivo e persistente, é bom consultar um especialista.

A atenção e a memória são fundamentais para o aprendizado. Se essas funções estão comprometidas, o desempenho escolar também pode ser afetado no futuro!

Atraso cognitivo: quando procurar ajuda?

Ao perceber um ou mais desses sinais, o ideal é procurar orientação de um pediatra, fonoaudiólogo ou neuropsicólogo. Quanto antes o atraso no desenvolvimento for identificado, maiores são as chances de intervenções eficazes que podem ajudar no progresso da criança.

Vale acrescentar ainda que o cuidado com o desenvolvimento infantil também passa pela alimentação! Uma dieta equilibrada, rica em nutrientes essenciais, pode fazer toda a diferença no desempenho cognitivo e na energia das crianças. Alguns nutrientes, como o zinco, estão diretamente ligados à função cerebral e ao fortalecimento da imunidade — fatores importantes para prevenir ou reduzir impactos de possíveis dificuldades cognitivas.

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